25 anos. Duas décadas e meia. Exatamente o tempo que a casca do sobreiro está madura o suficiente para a sua extração e posterior produção de rolhas de cortiça. Contudo, será que ainda é assim que acontece?
O sobreiro sobreviveu?
Em 2050 ainda estaremos por aqui?
Quem vai abrir esta carta, que está de certa forma viajando na cápsula do tempo?
As Inteligências Artificiais – IAs, uma realidade há mais tempo do que podemos contar, foram gratamente reprogramadas — por corajosos rebeldes com causa — como aliadas do meio ambiente.
As metas que visam o crescimento e a produtividade dos negócios dependem do cumprimento de compromissos ambientais.
Não há negociação.
Foi preciso a mão forte da tecnologia sobre o ímpeto destrutivo humano, para que a rota pudesse ser recalculada.
Da maneira que as coisas iam até pouco tempo depois do primeiro quarto deste século, o cenário não era animador. Para dizer o mínimo.
Assim, ainda estamos aqui!
A atmosfera ainda não está em sua composição ideal, após um par de séculos de agressão.
A queima de combustíveis fósseis, embora em índices um pouco mais ‘aceitáveis’, ainda não cessaram por completo.
Os gases são similares ao passado recente; temos um ar minimamente respirável.
Os corpos… o que dizer deles?
As pessoas de 25 anos atrás ainda nos reconhecem como espécie.
Mas temos uma novidade promissora: a relação com o planeta e os seus recursos melhorou desde então.
Dessa forma, muitos passaram a rejeitar o envenenamento das plantações, a matança de animais e o esgotamento/mau uso de nossos tesouros naturais.
A indústria dos ultraprocessados minguou e somos mais saudáveis, assim como o planeta.
É uma nova consciência!
Então, ficamos com a reflexão e a seguinte lição:
Vamos nos inspirar na tecnologia da Natureza (sim, com N maiúsculo)! Os seus processos de crescimento, maturidade e desconstrução/transformação são a síntese da perfeição.
O comportamento natural é o que deve nos guiar, em todos os momentos. Vamos esquecer o instinto colonizador e destrutivo — deixou de ser um instinto de sobrevivência há tempos; muito pelo contrário, trata-se de um caminho para a extinção — que força a degradação do meio ambiente em nome de um suposto progresso.
Como disse Albert Camus: “O homem é a única criatura que se recusa a ser aquilo que é”.
Vamos coexistir!